O Tiramisú que veio de Siena...

O tiramisú é o doce italiano mais conhecido em todo mundo. Mas qual é a sua origem?  Muitas são as histórias que contam a origem do famoso doce, muitas regiões de Itália se consideram as suas criadoras - a Região de Piemonte, a Lombardia, Veneto e até a Toscana se proclamam como a pátria de origem do tiramisú.

De todas as lendas referentes à origem do tiramisú, aquela que é mais plausível atribui a origem do famoso doce à  cidade de Siena, na Toscana, por volta do século XVII. Aparentemente, o tiramisú nasceu em Siena por ocasião da visita aquela cidade do Granduque de Toscana, Cossimo III, famoso por gostar de doces, e era feito com ovos, leite e vinho Marsala. Segundo alguns historiadores, o doce tinha como objetivo produzir um descendente para a família, e parece realmente ter dado resultado, pois o Granduque Cossimo III teve três filhos. Ao tiramisú acrescentou-se o café, considerado afrodísiaco, e o chocolate, que é um estimulante, pelo que o doce começou a ser frequentemente consumido antes dos encontros amorosos. A partir daí, a popularização do tiramisú foi uma questão de tempo.

Mais frequentemente feito com queijo mascarpone, esta receita substitui o queijo por um creme pasteleiro com café e um creme sabayon aromatizado com Grappa, sendo os palitos de champagne aromatizados com vinho Marsala. Uma combinação diferente, extremamente aromática  e muito saborosa!



Adaptado de: Tiramisu, mascarpone & Cie,Corine Jausserand,Albuns Larousse,2001

Ingredientes (para 4 pessoas):

100 ml de natas bem frias
120 gr de palitos de champagne
cerca de 200 ml de Marsala 
2 c. sopa de cacau em pó

Para o creme pasteleiro:
4 gemas de ovos
80 gr de açúcar em pó
1 c. sopa de fécula de milho
400 ml de leite gordo
40 ml de café expresso forte

Para o sabayon:
2 ovos
2 c. sopa de açúcar em pó
30 ml de Grappa (pode ser substituido por Rum)

Preparação:

Começar por preparar o creme pasteleiro: numa tijela bater as gemas com metade do açúcar durante 2 ou 3 minutos. 
Numa caçarola deitar a fécula e juntar aos poucos o leite mexendo sempre até dissolver. Incorporar o café e o açúcar restante. Levar ao lume até ferver, mexendo sempre. 
Deitar um pouco desta mistura sobre a mistura das gemas, mexer bem, juntar mais um pouco até que a mistura esteja morna e nessa altura deitar na caçarola contendo a mistura do leite, mexendo sempre. Levar a lume brando mexendo sempre, até que a mistura fique espessa.
Deixar arrefecer.

Preparar então o sabayon: separar as gemas das claras. Colocar uma taça em banho-maria, deitar as gemas e o açúcar, e bater até obter uma mistura fofa e com cerca do dobro do volume. Adicionar aos poucos a Grappa e continuar a bater, fora do banho-maria.
Bater as claras em castelo e envolver bem na mistura. 
Deixar arrefecer.

Num prato colocar o Marsala e um pouco de água. Passar os palitos por esta mistura e colocar no recipiente onde vai servir. Cobrir com o creme pasteleiro e depois com o sabayon. Repetir até terminar os ingredientes.
Colocar no frigorífico pelo menos 4 horas antes de servir.

No momento de servir, polvilhar com cacau em pó.

Sobre o Pão de Ló!

Encontramos pão-de-ló por todo o país, sendo obrigatório nas mesas da Páscoa a norte de Coimbra. O mais famoso é sem dúvida o de Margaride, e por isso mesmo o mais imitado. Seguem-se os de Vizela e de Ovar. A sul de Coimbra, o prémio vai sem dúvida para o de Alfeizerão.

Pão-de-ló, o que é afinal?

Antes de mais, é o nome que se dá a diversos bolos da doçaria tradicional Portuguesa, que podem ser diferentes na forma, na textura e no sabor, mas têm em comum ser feitos apenas com ovos, açúcar e farinha. As diferenças são determinadas pelas proporções dos ingredientes, a maneira de fazer e também a intensidade das cozeduras. Estes factos explicam que do conjunto dos mesmos ingredientes resultem bolos tão diferentes que, em alguns casos, até dão a ideia de não ter nada a ver uns com os outros.

O que mais tem intrigado no nome deste bolo é a palavra "ló". Há inúmeras preparações que podem ser designadas por pão. Por exemplo, dá-se o nome de pão ao bolo que resulta da cozedura de gemas batidas e que depois é cortado em fatias, por sua vez escalfadas em calda de açúcar. São as conhecidas fatias da China ou de Tomar. Utiliza-se a expressão pão-de-ló para identificar vários bolos fofos, amarelos, que podem ser secos ou húmidos, e há quem diga que "ló" é a superfície semelhante a doce de ovos obrigatoriamente presente no pão-de-ló de Ovar, Alfeizerão, Rio Maior e, de um modo geral, de todos os que são provenientes da região do Oeste e do Centro Litoral do país. Outros, porém, contrapõem que "ló" aparece ligado a um bolo a que chamavam pão-leve. O marido de uma das doceiras que estão na origem do fabrico do doce que se faz em Margaride tinha a alcunha de Ló, e da alcunha ao nome do doce foi só um passo. Ora, o pão-de-ló de Margaride não apresenta (e não deve apresentar) a tal camada semelhante a doce de ovos...

Também a gastronomia japonesa tem um bolo que se chama castela, cuja receita os missionários Portugueses ali divulgaram no século XVI. E afinal castela é apenas um pão-de-ló, no qual a marca Portuguesa continua a ser clara, até mesmo no nome. 
                                                                                                
                                                          em Festas e comeres do Povo Português (II)



Das mais famosas receitas de pão-de ló destacam-se as seguintes:

O pão-de-ló de Margaride, fabricado à mais de 2 séculos, cuja forma consta de três tijelas de barro, duas do mesmo tamanho e uma mais pequena, sendo esta colocada invertida no meio da que forma a base fazendo de chaminé, como se vê na figura.
Este pão-de-ló não deve ser cortado com faca mas sim partido à mão.




Como variante deste pão-de-ló de Margaride, temos a broa de pão-de-ló, feita na Cedofeita, Santa Cruz do Douro, e em Baião. A diferença fundamental reside na adição de uma casca de limão, que é retirada quando se junta a farinha. Tal como o de Margaride, não se corta com faca mas parte-se à mão.

Da região da Beira Baixa vem uma outra versão, o pão leve, esta utilizando raspa de limão.

De Vizela surge um pão-de-ló mais húmido, com uma cobertura de açúcar e de forma rectangular.

Um pão-de-ló "dourado, fofo e húmido" é um ex-libris de Ovar. Não se sabe bem quando começou a ser feito mas certamente foi à mais de 200 anos.

De um dos mais conhecidos em todo o país, o pão-de-ló de Alfeizerão, consta que a receita e a técnica foram ensinadas por freiras de Cós a uma família de Alfeizerão, em sinal de gratidão pelo acolhimento dispensado quando da extinção do Mosteiro. Começou então a ser produzido em ocasiões festivas e em meados da década de 20 do século passado iniciou-se o seu fabrico industrial e comercialização.



No Concelho de Amarante, é produzido um pão-de-ló, o pão-de-ló de Freitas, diferente de todos os outros: a farinha de trigo é substituida por farinha de arroz e fécula de batata, o que resulta numa textura diferente mas muito agradável.

E é do Alentejo que vem mais uma excepção à regra dos 3 ingredientes do pão-de-ló, com a introdução da amêndoa e uma cobertura feita com açúcar em pó, leite e uns pingos de limão, cuja receita vamos aqui apresentar.





Pão-de-ló de Amêndoas (Évora, Alentejo)





Ingredientes:

250 gr de amêndoa ralada
65 gr de farinha
7 ovos
250 gr de açúcar

Preparação:

Aquecer o forno a 200 ºC.
Misturar a amêndoa ralada com a farinha.
Bater as gemas com o açúcar até se obter um preparado muito fofo e com o dobro do volume.
Bater as claras em castelo com uma pitada de sal e adicionar ao preparado de gemas e açúcar, alternando com a farinha.
Deitar numa forma redonda lisa, sem chaminé, untada com manteiga e polvilhada com farinha.
Introduzir o bolo no forno e baixar imediatamente para 125 ºC. Deixar cozer até que, ao introduzir um palito, este saia seco (cerca 45 a 50 minutos).
Servir simples ou com uma cobertura preparada com açúcar em pó, leite e uns pingos de limão.


Adaptado de: 
Festas e comeres do Povo Português (II),Mª de Lurdes Modesto, Afonso Praça e Nuno Calvet,Verbo,1999

Almôndegas com tomate, quiabo e orzo ao limão

Um prato de origem mediterrânica, em que as almôndegas são normalmente preparadas com carne de borrego (aqui usei mistura de vitela e porco), e onde a massa grega kritharaki é substituida por uma massa italiana, a massa orzo.

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Adaptado de:  Cozinhando para amigos, Heloísa Bacellar, DBA, 2005


Ingredientes:

Para as almôndegas:

1/4 de chávena de pinhões
2 fatias de pão de forma sem crosta
1/4 chávena de água
1/2 chávena de farinha
500 gr de carne picada
2/3 de chávena de salsa
1 c. chá de oregãos (de preferência frescos)
20 folhinhas de hortelã
1 cebola pequena em cubos
1 dente de alho picado
1 ovo
1/2 chávena de uva passa escura
azeite
sal e pimenta

Para o tomate:

1/2 cebola picada
2 dentes de alho inteiros, sem casca
12 tomates pequenos, bem vermelhos, sem pele e sem graínhas, em cubinhos
1 folha de louro
azeite
sal

Para o quiabo:

500 gr de quiabo, o mais pequeno que encontrar
azeite
sal e pimenta

Para a massa orzo:

1 1/2 chávena de massa orzo ou risoni
sumo de 1 limão
azeite
sal e pimenta

Preparação:

Começar por preparar as almôndegas: dourar ligeiramente os pinhões numa frigideira e reservar. Esfarelar o pão numa tijela, cobrir com água e deixar descansar por 5 minutos. Colocar a farinha num prato fundo e reservar. Numa tijela maior misturar a carne, as ervas bem picadas, a cebola, o alho, o ovo, a uva passa, os pinhões, cerca de 2 c. sopa de azeite, sal, pimenta e o pão amolecido. Misturar tudo apenas o bastante para incorporar os ingredientes pois quanto menos mexer mais macias ficam as almôndegas.
Moldar bolinhas de cerca de 2 cm de diâmetro e passar pela farinha, retirando o excesso.
Aquecer um fio de azeite numa frigideira, juntar algumas almôndegas e deixar dourar de todos os lados, virando com frequência. Passar com um papel absorvente na frigideira, aquecer mais azeite e repetir até cozinhar todas as almôndegas.

Preparar o tomate: aquecer um fio de azeite numa caçarola e dourar ligeiramente a cebola. Juntar o alho, deixar perfumar um pouco, juntar o tomate, o louro e 1 pitada de sal, e deixar cozinhar em lume brando cerca de 30 minutos, até que o tomate esteja macio. Acertar o sal, retirar o alho e reservar.

Para o quiabo, aquecer o forno a 220 ºC, colocar o quiabo numa assadeira com sal e pimenta, regar com azeite e levar ao forno cerca de 30 minutos, até que esteja macio e ligeiramente dourado.

Cozinhar a massa orzo em água a ferver com sal cerca de 10 minutos, até que esteja "al dente". Escorrer, passar para uma tijela, juntar o sumo de limão, sal e pimenta, regar com azeite e colocar no centro de um prato. Espalhar as almôndegas por cima, o tomate e os quiabos, e servir.




"Desserts", 360 receitas em 10, 20 ou 30 minutos!

Preparar sobremesas deliciosas não tem necessariamente de levar muito tempo ou ser demasiado complexo.
Este livro é a prova disso: como preparar sobremesas em 10, 20 ou 30 minutos é quase um manual "de bolso" das sobremesas, repleto de ideias utilizando diversos tipos de ingredientes e para as ocasiões mais variadas.




Desserts , Vários autores, Hachette Livre (Marabou), 2012 


Apresentado em formato pequeno e fácil de manusear, o livro está dividido em 5 capítulos:
  • Delícias com fruta
  • O divino chocolate
  • Os preferidos das famílias
  • Sobremesas de festa
  • Receitas saudáveis
No início de cada capítulo é apresentado um índice das receitas classificadas por tempo de preparação, o que facilita desde logo a escolha quando esta depende do tempo disponível para a sua preparação. 
Na página de cada receita são apresentas as versões em 10, 20 ou 30 minutos, utilizando ingredientes semelhantes, o que mais uma vez nos dá flexibilidade na escolha, como se pode ver neste exemplo de Fondue de chocolate:


O livro começa com uma pequena introdução, onde são dadas algumas informações relativas às receitas, técnicas e truques da sua execução, os ingredientes, a importância de tirar bom partido do frio, os aromas e finalmente a apresentação dos pratos.

À falta de inspiração, apresenta ainda, logo a seguir à introdução, um conjunto de sugestões temáticas, onde pode escolher a receita em função das suas características mais relevantes:

  • Sabores de verão: deliciosas sobremesas cheias de sol
  • Sobremesas de "conforto": para saborear num dia frio de Inverno 
  • Delícias com frutos vermelhos: pratos cheios de cor
  • Refrescantes: sobremesas frias e geladas, com um pequeno toque Gourmet
  • Os preferidos das crianças: como conseguir dar-lhes prazer 
  • Pequenas mordidelas: sobremesas em porções individuais
  • Para partilhar: tartes e bolos para família e amigos
  • Deliciosamente decadente! (onde não pode faltar o chocolate)   

Desde logo promete! Quando passamos à confecção, cada receita tem explicações claras, não deixando dúvidas quanto à execução, e o resultado final corresponde às expectativas, como já verificámos com o risotto de chocolate e o crumble de pêra e chocolate
 
É por isso um livro a não perder, que podem encontrar em  Marabout côté Cuisine um site muito interessante para quem se interessa por estas coisas de cozinha!
 

Crumble de pêra e chocolate

Esta é uma combinação clássica. Um pouco de chocolate vai destacar a doçura da pêra, mas se for em demasia irão perder-se os aromas da fruta, por isso deve ser usado com moderação. A adição de nozes ao crumble é a forma perfeita de ligar estes dois sabores.




Adaptado de: Desserts,Vários autores, Hachette Livre (Marabout), 2012

Ingredientes (para 4 pessoas):

4 pêras não muito grandes
50 gr de açúcar mascavado
raspa de 1 limão
sumo de 1/2 limão
50 gr de chocolate de leite em pequenos pedaços

Para o crumble:
100 gr de farinha
50 gr de manteiga amolecida, cortada em pedaços
50 gr de açúcar mascavado
50 gr de chocolate de leite em pequenos pedaços
50 gr de nozes em pedaços

Preparação:

Pré-aquecer o forno a 180 ºC.
Untar com manteiga 4 taças e colocá-las sobre um tabuleiro de forno.
Misturar as pêras, cortadas em pedaços, com o açúcar, o sumo e raspa de limão e o chocolate.
Preparar o crumble: numa taça trabalhar com as pontas dos dedos a farinha e a manteiga até obter uma mistura granulada. Adicionar o açúcar, o chocolate e as nozes.
Repartir a mistura de pêras pelas taças e deitar por cima o crumble, comprimindo ligeiramente com uma colher.
Levar ao forno cerca de 15 minutos, até que fiquem com a superfície dourada.




Prémio Liebster



Tenho de agradecer à Manuela, do blogue Sabores com Tempo por gentilmente me ter oferecido o prémio Liebster!







Prémio Liebster destina-se a blogues com menos de 200 seguidores e pretende premiar a amabilidade, gentileza, beleza, simpatia do blogue (e blogger) bem como dar-lhe as boas vindas.
As regras são as seguintes:
- Listar 11 factos sobre nós;- Responder às perguntas que nos atribuíram;- Nomear 11 blogs com menos de 200 seguidores (colocar o link dos respectivos blogs neste post e avisá-los sobre o selo);- Fazer 11 novas perguntas a esses bloggers.

Estou neste mundo dos blogues à muito pouco tempo. Depois de muito pesquisar, o que faço todos os dias, encontrei imensos blogues interessantes, por isso é muito difícil para mim colocar aqui apenas 11...desculpa-me Manuela, mas fico apenas pelas respostas!

Então aqui vai:

11 Factos sobre mim...
1. Adoro cozinhar.
2. Adoro ler.
3. Adoro viajar.
4. Não gosto de dias sem sol.
5. Sou fã da Cozinha Tradicional Portuguesa.
6. Adoro o meu país mas neste momento tenho vontade de sair daqui...
7. Detesto pessoas mesquinhas e invejosas.
8. A minha estação preferida é o Outono.
9. Detesto azeitonas.
10. Gosto muito de comer ao ar livre.
11. Gosto de arte, em especial pintura clássica.
 
 E agora as respostas à pergunta da Manuela:
 
1. Quais as receitas que gosta mais de fazer/criar; entradas, pratos principais ou sobremesas?
 
Pratos principais.
 
2. Qual o/a chef que mais admira?
 
José Avillez.
 
3. Na sua opinião o que falta para se divulgar mais e melhor a nossa gastronomia?
 
A divulgação fora do país, não apenas através de quem nos visita.
 
4. Nas suas viagens qual o prato que mais a/o marcou/surpreendeu?
 
Não tenho um prato em especial, mas sim uma cidade. O sítio onde estive até hoje que mais me marcou em termos gastronómicos foi S. Paulo.
 
5. Receita da mãe/avó de que tem mais saudades?
 
São várias, aquelas que acho que não consigo fazer tão bem como a minha mãe: peixinhos da horta e um fantástico pudim de carne com molho de tomate.
 
6. Quando começou a paixão pela culinária?
 
Desde cedo, com 16 anos, quando comprei o meu primeiro livro: "Receitas escolhidas" de Mª de Lurdes Modesto.
 
7. O ingrediente que gosta mais?
 
Coentros, e de um modo geral todas as ervas aromáticas.
 
8. O ingrediente que gosta menos?
 
Beringela.
 
9. O prato que lhe estão sempre a pedir para fazer?
 
Sopas de bacalhau, com pão alentejano, ovo, alho e coentros.
 
10. Uma dependência culinária.
 
Nenhuma em especial, mas não resisto a experimentar tudo o que não conheço, na expectativa de novas experiências sensoriais.
 
11. Um ódio culinário.
 
Não tenho.
 

"Blondies"

Esta é a versão loira dos brownies, preparado com chocolate branco. A receita original inclui arandos vermelhos secos, que eu substitui por avelãs, pois gosto muito da ligação de chocolate com avelã. Pode no entanto incluir outros frutos a gosto.
É um bolo bastante doce, e por isso a quantidade de açúcar pode também ser um pouco reduzida a seu gosto.



Adaptado de: Cozinha sem limites, Gordon Ramsay, Porto Editora, 2013

Ingredientes:

230 gr de manteiga
340 gr de açúcar mascavado escuro
sal
1 c. chá de extrato de baunilha
2 ovos ligeiramente batidos
280 gr de farinha sem fermento
1/2 c. chá de bicarbonato de sódio
1 c. chá de fermento
240 gr de chocolate branco cortado em pedaços pequenos
4 c. sopa de avelãs picadas

Preparação:

Aquecer o forno a 180 ºC. Untar um tabuleiro com manteiga e forrá-lo com papel vegetal.
Derreter a manteiga numa caçarola em lume brando,  e bater com o açúcar e o sal (uma pitada). Bater bem agora vai fazer com que fique mais leve e fofa. Adicionar o extrato de baunilha e bater novamente. Retirar do lume.
Adicionar os ovos à mistura e mexer bem. Peneirar a farinha com o bicarbonato e o fermento. Adicionar aos poucos à mistura de manteiga, de modo a não fazer grumos.
Deixar arrefecer, depois envolver o chocolate e as avelãs.
Deitar no tabuleiro e espalhar uniformemente. Cozer por cerca de 35 a 40 minutos, até as extremidades exteriores estarem firmes e o centro um pouco mole.
Deixar arrefecer numa grelha e cortar em quadrados antes de servir. 

Sopa de cenoura com laranja e especiarias


Uma sopa que mistura os sabores adocicados da cenoura com a acidez da laranja e o perfume das especiarias, e vai bem numa noite bem fria ou numa noite mais quente, sempre reconfortante...





Ingredientes (para 4 pessoas):

25 gr de manteiga
1 cebola grande em cubinhos
4 cenouras médias em rodelas grossas
1 c. sopa de açúcar
1/2 c. chá de açafrão
3 chávenas de caldo de galinha
2 cravos-da-índia
1/2 c. chá de coentros em grão
1/2 c. chá de sementes de cominho
1/2 c. chá de sementes de erva doce
1 pau de canela
2 sementes de cardamomo
4 rodelas finas de gengibre
1 a 2 chávenas de sumo de laranja natural
sal

Preparação:

Numa panela média aquecer a manteiga e dourar ligeiramente a cebola. Juntar a cenoura, uma pitada de sal, o açúcar e o açafrão, misturar bem e esperar começar a dourar e a caramelizar.
Envolver numa trouxinha de gaze ou numa rede de chá o cravinho, o coentro, o cominho, a erva-doce, a canela, o cardamomo e o gengibre, fechar bem e colocar na panela juntamente com o caldo de galinha.
Quando ferver baixar o lume e deixar cozinhar com a panela destapada cerca de 30 minutos, mexendo de vez em quando, até que e cenoura esteja macia. Retirar a mistura de especiarias, bater a sopa no liquidificador, voltar a colocar na panela e levar novamente ao lume. Adicionar aos poucos o sumo de laranja e provar, até obter uma mistura a seu gosto. Se for neccessário, acertar a acidez com um pouco de açúcar. Deixar ferver por mais 1 minuto, acertar o sal e servir.

Robalo com salsa de tomate e ervas

"Esta é uma bela forma de servir todos os tipos de postas de peixe, desde pargo a robalo, ou mesmo bacalhau. A salsa é, na realidade, um vinagrette morno, por isso, não o aqueça muito. A ideia é apenas encorajar os sabores a ligarem-se, para que trespassem o peixe."   

                                   Gordon Ramsay

 

O peixe é das coisas mais simples de cozinhar, além de ser rápido. Pode comprá-lo já preparado em filetes ou na forma que pretender, no entanto também essa parte não é assim tão difícil. Com uma faca bem afiada, facilmente se transforma um peixe inteiro em 2 bons filetes prontos a cozinhar, como se apresenta neste vídeo.

Ao contrário da carne, o peixe  requer exactidão no tempo de cozedura, e se for cozinhado em demasia ficará mais seco e pastoso. Deve por isso ser cozinhado até à etapa em que a carne acabou de ficar branca ou opaca, em vez de translúcida, e na qual a carne se divide facilmente em lascas individuais. Quanto mais fino for o peixe, mais rapidamente cozinhará. Deverá garantir que a frigideira está bem quente e começar por fritar com a pele virada para baixo (90% do tempo total de cozedura). No último minuto virar e regar continuamente com a gordura da frigideira.

O resultado é uma refeição deliciosa!




Adaptado de: Cozinha sem limites, Gordon Ramsay, Porto Editora, 2013


Ingredientes (para 2 pessoas):

1 robalo, com cerca de 500 gr
Azeite
200 gr de tomate cherry
60 gr de azeitona preta, sem caroço
1 pequeno ramo de coentros
1 pequeno ramo de manjericão
1 limão
sal e pimenta preta 

Preparação:
Começar por preparar os filetes de robalo como explicado anteriormente.
De seguida preparar a salsa:  colocar uma pequena caçarola em lume brando e deitar 3 c. sopa de azeite. Cortar os tomates ao meio e juntar ao azeite. Adicionar as azeitonas (inteiras ou às rodelas, como preferir), temperar com sal e pimenta e mexer em lume brando durante 1 a 2 minutos.
Picar os coentros e o manjericão, reservar um pouco para decorar no final, e mexer para ligar.
Rolar o limão sobre uma tábua de cozinha para amaciar e libertar os sucos, e cortar ao meio. Juntar o sumo de uma metade, mexer e reservar para permitir que os sabores embebam.
É altura de cozinhar o robalo: aquecer uma frigideira de fundo espesso a uma temperatura alta. Entretanto, dar 2 ou 3 golpes na pele do peixe. Colocar um fio de azeite na frigideira e, quando estiver realmente quente, adicionar os filetes com a pele voltada para baixo. Temperar e fritar por 2-3 minutos, até o peixe estar dourado-escuro e a pele estaladiça (deverá observar-se a carne opaca em 2/3 da altura, começando por baixo).
Virar os filetes e cozinhar do outro lado por 1 minuto, regando com o azeite existente na frigideira, até estar pronto.
Servir sobre a salsa de tomate e ervas e salpicar com as ervas picadas.