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Mil Folhas de Chocolate

Preparar massa folhada era uma vontade que tinha há algum tempo mas sempre adiada, talvez por sentir ser algo difícil de fazer bem. Mais uma vez, e à semelhança de outras receitas, foi o desafio da Lia e da Susana do Sweet World que me levou a aventurar-me nesta tarefa.

Optei por fazer uma massa folhada invertida, ou seja, é uma massa gorda (a que os franceses chamam “beurre farine”) que envolve a massa e permite obter uma massa folhada mais leve que a receita tradicional. Não é fácil trabalhar esta massa e nem sempre o formato da massa fica perfeito, mas com paciência chegámos lá. Valeu a pena o desafio!




Adaptado de / Adapted from: 






Revista Fou de Patisserie #22





Paris Brest com chocolate, morango e framboesas | Chocolate, strawberry and raspberry Paris Brest

Se o nome “massa choux” pode parecer algo de complicado, na verdade não é. É sim uma das massas mais versáteis da pastelaria Francesa. Em formato redondo, temos os profiteroles que podem ser recheados e cobertos com os mais variados sabores, doces ou salgados. Com estes pequenos bolinhos podemos fazer bolos mais sofisticados, como o famoso Saint Honoré ou o Croquembuche, este último conhecido por ser usado como bolo de noivos em França.

Em formato alongado obtemos os famosos éclairs, igualmente versáteis em sabor.  Dos conhecidos “rins” que se vêm nas pastelarias em Lisboa não sabemos a origem, mas a base é mais uma vez a mesma: massa choux em formato de rins, recheados com creme pasteleiro e cobertos com chocolate.

Como nos conta a Lia, em 1910 Louis Durand, Chef pasteleiro da Maisons-Laffitte, criou o Paris Brest, para comemorar a tão conhecida volta de bicicleta, Paris-Brest-Paris que teve início em 1891, representando uma roda, e por isso o seu formato é circular.

Assim nasceu mais uma especialidade, que pode ser doce ou salgada, de tamanho variado, e que continua a inspirar tantos chefs  a criar verdadeiras “obras de arte” , ou não estivéssemos a falar de pastelaria Francesa.

Obrigada Lia e Susana por mais este desafio no Sweet World! Aqui fica a minha participação, com este Paris Brest recheado de creme mousseline de chocolate, morangos e framboesas, e polvilhado com amêndoas laminadas e açúcar em pó.




Adaptado de / Adapted from: 




     Patisserie Made Simple
    Edd Kimber 
    Kyle Books, 2014









Pão brioche com amêndoas para o pequeno almoço | Breakfast brioche buns with almonds




Acordar com brioches acabados de fazer é uma das melhores maneiras de começar o dia. Esta massa tem que ser preparada no dia anterior, de modo a crescer lentamente. De manhã, só tem que preparar o creme pasteleiro, deixar a massa crescer um pouco mais e cozer até que o delicioso cheiro de pão se espalhe pela casa!





Adaptado de / Adapted from:






 Patisserie made simple
 Edd Kimber 
 Kyle Books, 2014





 
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Ingredientes (para 8)

Para a massa brioche:
180 g de farinha T55
180 g de farinha T65
20 g de açúcar
1 colher de chá de sal fino
85 ml de leite gordo, morno
7 g de levedura seca
3 ovos grandes, mais 1 para pincelar
150 g de manteiga sem sal à temperatura ambiente, em cubos, mais alguma extra para untar

Para o creme pasteleiro e acabamento:
250 ml de leite gordo
1 ovo grande
2 gemas de ovo
100 g de açúcar
25 g de farinha de milho
1/4 colher de chá de essência de amêndoa
Amêndoas laminadas
Açúcar em pó para polvilhar


Preparação

1. Prepare a massa brioche: coloque as farinhas, o açúcar e o sal na tigela da batedeira equipado com o acessório de gancho para amassar e misture bem. Coloque o leite e o fermento numa pequena tigela e misture bem até que o fermento se dissolva. Verta esta mistura na mistura de farinha, seguida por três dos ovos. Ligue a batedeira em velocidade média-baixa e misture até formar uma massa homogénea. Amasse, por mais 10 minutos ou até a massa ficar lisa e elástica.

2. Com a batedeira ainda ligada, adicione a manteiga, um pouco de cada vez, misturando até que esteja totalmente combinada. Logo que toda a manteiga tenha sido incorporada, amassar a uma velocidade média-baixa durante 10-15 minutos, até que a massa não adira às paredes da tijela. Coloque a massa numa tigela grande, e cubra com película levemente untada. Coloque a tigela no frigorífico e deixe crescer lentamente por 8-10 horas.

3. Na manhã seguinte, unte levemente 8 formas de tarte individuais de 10 centímetros. Retire a massa do frigorífico e pressione suavemente. Divida a massa em 8 bocados iguais e forme círculos. Pressione os círculos de modo a obter rodelas de cerca de 11-12 cm de diâmetro. Coloque as rodelas de massa nas formas preparadas. Pressione no centro de modo a que a massa suba acima do nível da forma nas laterais. Cria assim uma depressão no meio, que mais tarde será preenchida com o creme pasteleiro. Cubra com película levemente untada com óleo e deixe num lugar quente para levedar por cerca de 2 horas até quase duplicar de volume.

4. Entretanto, prepare o creme pasteleiro: coloque o leite numa panela média. Leve a lume médio-alto e deixe ferver. Enquanto isso, coloque o ovo e as gemas numa tigela resistente ao calor e adicione o açúcar e a farinha de milho, e misture até ficar homogéneo. Deite o leite quente, mexendo constantemente para homogeneizar. Deite essa mistura na panela, coloque de novo em lume médio, mexa sempre até engrossar, e cozinhe por alguns minutos extras para remover o sabor da farinha de milho. Deite essa mistura numa tigela limpa e adicione a essência de amêndoa, misturando bem. Coloque uma película sobre a superfície do creme, e guarde no frigorífico até ser necessário.

5. Pré-aqueça o forno a 180 ºC (160 ºC em forno ventilado). Para testar a massa, pressione-a com um dedo levemente enfarinhado. Se a massa volta ao sítio lentamente, está pronta para cozer; se volta ao sítio rapidamente, precisa de um pouco mais de tempo para crescer.

6. Bata levemente o ovo restante com 1 colher de chá de água e pincele os bordos da massa. Encha a depressão na massa com uma camada de creme pasteleiro. Coza por 20-25 minutos até que fiquem dourados. Retire do forno e deixe arrefecer nas formas por 10 minutos, e em seguida, retire-os com cuidado para uma grade para arrefecerem completamente. Termine com as amêndoas e o açúcar em pó.










Waking up to freshly made brioche has to be the best way to start the day. This dough has to be prepared the day before, in order to rise slowly. In the morning, you just have to prepare the crème pâtissière, let the dough rise a little more and bake it until the smell of bread spreads though the house!



Ingredients (makes 8)

For the brioche dough:
180 g flour
180 g strong bread flour (T65)
20 g sugar
1 tsp fine salt
85 ml whole milk, lukewarm
7 g dried yeast
3 large eggs, plus 1 for eggwash
150 g unsalted butter at room temperature, diced, plus extra for greasing

For the crème pâtissière and finish:
250 ml whole milk
1 large egg
2 egg yolks
100 g sugar
25 g corn flour
1/4 tsp almond essence
Sliced almonds
Confectioner’s sugar for dusting

Preparation

1. Prepare the brioche dough: put the flours, sugar and salt in the bowl of an electric mixer fitted with the dough hook attachment and mix together to combine. Put the milk and yeast in a jug and mix together until the yeast has dissolved. Pour this mixture into the mixer followed by three of the eggs. Turn the mixer on to medium-low speed and mix together until rough dough is formed. Knead, using the mixer, for a further 10 minutes or until the dough is smooth and elastic.

2. With the mixture still on, add the butter, a couple of pieces at a time, mixing until fully combined. Once all the butter has been incorporated, knead the dough at medium-low speed for 10-15 minutes until the dough no longer sticks to the side of the bowl. Put the dough in a large, lightly greased bowl and cover with clingfilm. Transfer the bowl to the fridge and leave to rise slowly for 8-10 hours.
 

3. Next morning, lightly grease 8 individual 10 cm tart tins. Remove the dough from the fridge and press gently to knock it back. Divide the dough into 8 equal pieces and form into rounds. Roll or press the rounds so that they are about 11-12 cm in diameter. Put the rounds of dough into prepared tins. Allow the excess to go up the sides of the tins, as if lining with pastry. This creates a depression in the middle, which will later be filled with crème pâtissière. Cover the rolls with a sheet of lightly oiled clingfilm and leave in a warm place to prove for about 2 hours until almost doubled in size.

4. Meanwhile, prepare the crème pâtissière: put the milk in medium saucepan. Put over a medium-high heat and bring to the boil. Meanwhile, put the egg and yolks in a heatproof bowl and add the sugar and cornflour, then whisk until smooth. Pour the boiling milk over, whisking constantly to combine. Pour this mixture into the pan, return to a medium heat, and whisk constantly until thickened, cooking for a few minutes extra to remove the taste of the cornflour. Pour this mixture into a clean bowl and add any the almond essence. Press a piece of clingfilm onto the surface of the custard, then put it in the fridge until needed.

5. Preheat the oven to 180 ºC (160 ºC fan oven). To test the dough has proved fully, press it with a lightly floured finger. If the dough springs back slowly, it is ready for baking; if it springs back quickly, it needs a little more time to prove.

6. Lightly whisk the remaining egg with 1 teaspoon of water and brush the ridge of the dough. Fill the depression in the dough with a layer of crème pâtissière. Bake for 20-25 minutes until the bread is golden brown in color. Remove from the oven and leave to cool in the tins for 10 minutes, and then carefully turn onto a wire rack to cool completely. Finish with the sliced almonds and confectioner’s sugar.






Chocolate e Ginjinha...ou um Bolo Floresta Negra bem Português | Portuguese Style Black Forrest Cake


Podia chamar-se Bolo Floresta Negra. Em vez do kirsch e das natas, usamos Ginjinha e creme pasteleiro, e assim temos uma versão mais Portuguesa do clássico bolo da Baviera, igualmente saboroso, com 3 camadas de um bolo de chocolate humedecido com a Ginjinha, cobertas com o creme pasteleiro e as ginjas, e no topo uma camada de ganache!


                                                                                       

Adaptado de / Adapted from: 


 
             Martha Stewart's Cakes
             Martha Stewart,
           Potter, 2013




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Ingredientes (para 8 a 10)

Para o bolo:
226 g mais 2 c. sopa de manteiga sem sal, à temperatura ambiente, mais um pouco para as formas
1 chávena mais 2 c. sopa de cacau em pó sem açúcar, mais um pouco para as formas
2 ½ chávenas mais 2 c. sopa de farinha
2 c. chá de bicarbonato de sódio
1/8 c. chá de sal
1 chávena de açúcar
1 chávena de açúcar mascavado
3 ovos grandes
¾ chávena de iogurte natural
1 ½ chávena de buttermilk
Cerca de 50 ginjas em calda
1/2 chávena de licor de ginja (Ginjinha)

Para o creme pasteleiro:
2 ovos grandes mais 2 gemas de ovos grandes
½ chávena de açúcar, mais 4 c. sopa
6 c. sopa de amido de milho
2 chávenas de leite
3 c. sopa de manteiga sem sal , em pequenos pedaços
1 ½ c. chá de extracto de baunilha

Para a ganache:
150 g de chocolate, 52% de cacau
1/3 chávena de natas
1 c. sopa de mel



O Tiramisú que veio de Siena...

O tiramisú é o doce italiano mais conhecido em todo mundo. Mas qual é a sua origem?  Muitas são as histórias que contam a origem do famoso doce, muitas regiões de Itália se consideram as suas criadoras - a Região de Piemonte, a Lombardia, Veneto e até a Toscana se proclamam como a pátria de origem do tiramisú.

De todas as lendas referentes à origem do tiramisú, aquela que é mais plausível atribui a origem do famoso doce à  cidade de Siena, na Toscana, por volta do século XVII. Aparentemente, o tiramisú nasceu em Siena por ocasião da visita aquela cidade do Granduque de Toscana, Cossimo III, famoso por gostar de doces, e era feito com ovos, leite e vinho Marsala. Segundo alguns historiadores, o doce tinha como objetivo produzir um descendente para a família, e parece realmente ter dado resultado, pois o Granduque Cossimo III teve três filhos. Ao tiramisú acrescentou-se o café, considerado afrodísiaco, e o chocolate, que é um estimulante, pelo que o doce começou a ser frequentemente consumido antes dos encontros amorosos. A partir daí, a popularização do tiramisú foi uma questão de tempo.

Mais frequentemente feito com queijo mascarpone, esta receita substitui o queijo por um creme pasteleiro com café e um creme sabayon aromatizado com Grappa, sendo os palitos de champagne aromatizados com vinho Marsala. Uma combinação diferente, extremamente aromática  e muito saborosa!



Adaptado de: Tiramisu, mascarpone & Cie,Corine Jausserand,Albuns Larousse,2001

Ingredientes (para 4 pessoas):

100 ml de natas bem frias
120 gr de palitos de champagne
cerca de 200 ml de Marsala 
2 c. sopa de cacau em pó

Para o creme pasteleiro:
4 gemas de ovos
80 gr de açúcar em pó
1 c. sopa de fécula de milho
400 ml de leite gordo
40 ml de café expresso forte

Para o sabayon:
2 ovos
2 c. sopa de açúcar em pó
30 ml de Grappa (pode ser substituido por Rum)

Preparação:

Começar por preparar o creme pasteleiro: numa tijela bater as gemas com metade do açúcar durante 2 ou 3 minutos. 
Numa caçarola deitar a fécula e juntar aos poucos o leite mexendo sempre até dissolver. Incorporar o café e o açúcar restante. Levar ao lume até ferver, mexendo sempre. 
Deitar um pouco desta mistura sobre a mistura das gemas, mexer bem, juntar mais um pouco até que a mistura esteja morna e nessa altura deitar na caçarola contendo a mistura do leite, mexendo sempre. Levar a lume brando mexendo sempre, até que a mistura fique espessa.
Deixar arrefecer.

Preparar então o sabayon: separar as gemas das claras. Colocar uma taça em banho-maria, deitar as gemas e o açúcar, e bater até obter uma mistura fofa e com cerca do dobro do volume. Adicionar aos poucos a Grappa e continuar a bater, fora do banho-maria.
Bater as claras em castelo e envolver bem na mistura. 
Deixar arrefecer.

Num prato colocar o Marsala e um pouco de água. Passar os palitos por esta mistura e colocar no recipiente onde vai servir. Cobrir com o creme pasteleiro e depois com o sabayon. Repetir até terminar os ingredientes.
Colocar no frigorífico pelo menos 4 horas antes de servir.

No momento de servir, polvilhar com cacau em pó.